sexta-feira, 1 de julho de 2011

Coração de Estudante

Hoje escrevo com coração sangrando, mergulhado mais uma vez na escuridão desse universo que nada sei, que nada entendo, que tudo espero.
É doloroso ver a morte chegar ao corpo de uma criança de 12 anos. Meus olhos estão fechados imaginando a dor na alma da mãe dessa podre criança, como ela vai se levantar, como vai seguir em frente, sem aquele pedacinho que saiu de dentro dela, sem aquele sorriso que iluminava seus dias, mesmo quando estava zangada. 
Com esses pensamentos minha respiração perde o ritmo e mais uma vez imagino se fosse eu em seu lugar, se fosse minha filha indo embora, essa simples imaginação doi tanto que caio em prantos, meu coração diminui de tão apertado que fica e minha alma fica vazia, pois a mesma é sugada pra dentro dessa escuridão, desse universo misterioso, incompreendido.
E com isso vejo a vida passar diante dos olhos, os segundos se esgotando e as pessoas não vivendo. Como é triste perceber que ninguem vive o presente, que vivem se lembrando do passado, das coisas ruins e boas que aconteceram, na maioria das vezes mais as ruins, ou planejando um futuro ao qual nem sabem se estarão aqui e perdem o momento mais precioso o hoje, esse momento maravilhoso que temos em nosso poder, essa força que abnegamos, renegamos.
Meu coração se aperta mais uma vez, machudado, vou tentando respirar, mas percebo que já não tenho mais ar, preciso me levantar, pois essa tristeza não vai ajudar, muito menos passar.