segunda-feira, 18 de julho de 2011

Return to Innocence

Já vivi o veneno do vazio da Indecisão em um passado longínquo e sei o quanto isso vai criando um verdadeiro terremoto emocional dentro do peito, machucando e levando para longe toda alegria, matando aos pouquinhos, tornando fraco meu coração, mas forte meu querer em escrever uma linha paralela ao destino enquanto deixava o vento me levar. Titubear entre sofrer e sorrir, se equilibrar entre o passado e o presente, ter vontades e medos, coragem e incerteza, ter sonhos e desilusões, ser amor puro e indiferença. Minhas indecisões, meu dilema.
Toda decisão que tomo não é sobre o que faço e sim sobre quem sou. Sou apenas uma ilusão, uma decisão da sua imensidão, apenas um risco, uma pequena linha fina da grandiosa vida. 
Quando consegui perceber isso, entendi que todos os acontecimentos, situações, obstáculos são apenas oportunidades que me foram concedidas para poder realizar o que vim fazer nessa etapa de minha existência.
 Esse poder que uma simples decisão me dá de superar qualquer expectativa de mudança da minha vida em um instante às vezes me assusta, pois é difícil decidir o que é justo, o que é prudente, mudar. 
E muitas vezes erro quando tomo decisões impensadas, precipitadas, no apogeu das minhas emoções, mas se ficar parada, não chegarei a lugar algum. 
Decidir comprometer-me com resultados de longo prazo ao invés de reparos a curto prazo é tão importante quanto qualquer decisão que farei em toda a minha vida.
Por isso não desisto de mim. Por trás de tanta indecisão tem alguém que precisa de companhia mesmo fingindo que não. Tem alguém que odeia todo mundo num segundo e chora de saudades de todos no segundo seguinte.
Vivo minha verdade, vivo meus objetivos, não vivo a mentira da minha indecisão o medo do meu medo, nem minha confusão, simplesmente eu vivo.


sexta-feira, 1 de julho de 2011

Coração de Estudante

Hoje escrevo com coração sangrando, mergulhado mais uma vez na escuridão desse universo que nada sei, que nada entendo, que tudo espero.
É doloroso ver a morte chegar ao corpo de uma criança de 12 anos. Meus olhos estão fechados imaginando a dor na alma da mãe dessa podre criança, como ela vai se levantar, como vai seguir em frente, sem aquele pedacinho que saiu de dentro dela, sem aquele sorriso que iluminava seus dias, mesmo quando estava zangada. 
Com esses pensamentos minha respiração perde o ritmo e mais uma vez imagino se fosse eu em seu lugar, se fosse minha filha indo embora, essa simples imaginação doi tanto que caio em prantos, meu coração diminui de tão apertado que fica e minha alma fica vazia, pois a mesma é sugada pra dentro dessa escuridão, desse universo misterioso, incompreendido.
E com isso vejo a vida passar diante dos olhos, os segundos se esgotando e as pessoas não vivendo. Como é triste perceber que ninguem vive o presente, que vivem se lembrando do passado, das coisas ruins e boas que aconteceram, na maioria das vezes mais as ruins, ou planejando um futuro ao qual nem sabem se estarão aqui e perdem o momento mais precioso o hoje, esse momento maravilhoso que temos em nosso poder, essa força que abnegamos, renegamos.
Meu coração se aperta mais uma vez, machudado, vou tentando respirar, mas percebo que já não tenho mais ar, preciso me levantar, pois essa tristeza não vai ajudar, muito menos passar.